Palácio de Monserrate


Palácio e Jardim de Monserrate 

Na minha opinião um dos palácios mais bonitos que nos transporta para o universo de Scheherazade nas mil e uma noites. Visitei Monserrate em Outubro, para passear em Sintra já é arriscado por causa do microclima, mas apesar de ter chovido durante a noite (como se poderá ver por algumas fotos) o dia foi magnifico. 

Entrada vista de dentro do parque de Monserrate
Entrada vista de dentro do parque de Monserrate

O Palácio de Monserrate situa-se em São Martinho na bela vila de Sintra. Reza a história que já existia uma capela antes mesmo de D. Afonso Henriques reconquistar Sintra que marcou a sepultura de um cristão-moçárabe que morrera a combater um rico árabe que comandava a zona.

Em 1540 o clérigo Gaspar Preto mandou edificar uma capela dedicada a Nossa Senhora de Monserrate, nesta altura a ermida e os terrenos circundantes pertenciam ao Hospital de Todos-os-Santos de Lisboa.

Arco de Vathek arco em pedra atribuído a Wiliam Beckfors, cuja designação remete para o nome da presonagem principal do seu famoso romance, Vathek.
Arco de Vathek arco em pedra atribuído a Wiliam Beckfors, cuja designação remete para o nome da presonagem principal do seu famoso romance, Vathek.

Entre os anos de 1601 a 1718 a propriedade pertenceu a família Melo e Castro. A família residia em Goa e a propriedade era mantida pelo Caseiros, pelo menos até 1755 quando o violento terramoto deixou as casas inabitáveis. 

Azevinhos Espécie ameaçada em Portugal. As folhas espinhosas e os pequenos frutos vermelhos que apenas os exemplares femininos apresentam são elementos distintivos desta espécie. Reza a lenda que quando Maria fugiu com o menino Jesus escondeu-se atrás de um Azevinho e este fluiu para esconder o menino Jesus.
Azevinhos Espécie ameaçada em Portugal. As folhas espinhosas e os pequenos frutos vermelhos que apenas os exemplares femininos apresentam são elementos distintivos desta espécie. Reza a lenda que quando Maria fugiu com o menino Jesus escondeu-se atrás de um Azevinho e este fluiu para esconder o menino Jesus.

Gerad DeVisme comerciante inglês em 1790 arrende a quinta a dona Francisca Xavier Mariana de Faro Melo e Castro, tendo construído o primeiro palácio, em estilo neogótico. Demoliu a capela do Século XVI, tendo construído outra que viria a ser aproveitada por Francis Cook para criar uma falsa ruina. Wiliam Beckford em 1793 arrende a propriedade a DeVisme investindo largamente no palácio mas mais ainda no melhoramento dos jardins. 

Após várias décadas de abandono a quinta de Monserrate sairia das mãos da família Melo e Castro vendido em 1856 para construir uma residência em Lisboa. 

Medronheiro Arbusto porte aebóreo. Dos frutos produz-se aguardente.
Medronheiro Arbusto porte aebóreo. Dos frutos produz-se aguardente.

Foi o milionário de testeis inglês que Francis Cook quem comprou a quinta de Monserrate. O palácio foi desenhado por James Knowles e os jardins foram alvo de intervenções pelo paisagista William Stockdale, o botânico William Nevill, e James Burt, mestre jardineiro, que passaria aliás o resto da sua vida em Monserrate. Cook faz de Monserrate a residência de Verão da família recheando-o com obras de arte da sua enorme colecção (hoje dispersa por inúmeros museus). 

Caminho até a cascata
Caminho até a cascata

Os Cook compraram diversas quintas até o convento dos Capuchos tornando-se assim como os ingleses proprietários e empregadores, Francis Cook também mandou construir duas escolas primárias em Galamares e Colares, casas e até teatros, o rei D. Luis I concedeu-lhe o Título de Visconde de Monserrate. E em 1884 é lhe atribuído o titulo de Barronete em Inglaterra.

Foto do feto Hospedeiro pata de coelho onde se pode sentir as partes castanhas como se sente os pelos dos coelhos
Foto do feto Hospedeiro pata de coelho onde se pode sentir as partes castanhas como se sente os pelos dos coelhos
Zona de castanheiros
Zona de castanheiros

Sir. Francis Cook viveu até aos 84 anos, passando largas temporadas em Sintra.
Esta propriedade ficou na posse da família Cook até 1947 quando Sir Herbert Cook é obrigado a vender a quinta depois da família ter perdido grande parte da fortuna na primeira metade do século XX. Nesta venda perde-se o valioso recheio do palácio que foi sujeito a leilão. 

Saúl Fradesso da Silveira de Salazar Moscoso Saragga (1894-1964) era um comerciante de antiguidades de Lisboa que compra o palácio e o jardim e acaba por os vender ao estado português em 1949. 

Em 2010 iniciam-se as obras de recuperação do Palácio de Monserrate e ainda se está a tentar recuperar o seu recheio sendo algumas das peças se tem de fazer uma cópia. 

Reza a lenda que esta fonte existe em Monserrate em Homenagem ao tritão que ainda hoje se ouve na praia da Adraga


© 2024 Mary's beauty & lifestyle blog. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Webnode Cookies
Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora